O PENSAMENTO
PEDAGÓGICO BRASILEIRO
O pensamento pedagógico brasileiro
começa a ter autonomia com o desenvolvimento das teorias da escola nova na
década de 1930. que foi um processo de transformação do ensino, baseado na
educação construtivistas e progressista. O pensamento pedagógico brasileiro
esta dividido em: liberal e progressista.
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO BRASILEIRO LIBERAL
Neste pensamento destacam-se os autores:
Fernando de Azevedo, Lourenço filho, Anísio Teixeira e roque Spencer.
Fernando de Azevedo:
Defende que o estado deve ministrar a
educação em todos os graus, deste das primeiras series há universidade. E essa
educação deveria ser obrigatória para os indivíduos com até 18 anos e gratuita
em todos os graus.
A tríplice função da universidade seria
a de elaborar ou criar a ciência, transmiti – lá e vulgarizá-la. Essa tríplice
função deveria servir: a pesquisa cientifica e a cultura livre e
desinteressada; a formação do professorado para as escolas primarias,
secundárias, profissionais e superiores; a formação de profissionais em todas
as profissões de base cientifica; a popularização cientifica, literária e
artística por todos os meios de extensão universitária.
No artigo VII, o autor defende que deve
haver a fiscalização de todas as instituições privadas de ensino, que
cooperarão com o estado na obra educacional e cultural, onde a educação deve
funcionar como objeto de recuperação da cultura da sociedade, recuperando
valores quase extintos.
Lourenço filho:
No livro introdução ao estudo da escoa
nova, defende a “verificação objetiva do trabalho escolar”, ou “testes”, mas
este tipo de avaliação não é muito aceitável. Pois esse tipo de avaliação não
medir o nível de conhecimento do aluno, a construção da nota deve dar-se a todo
o momento através do comportamento e desempenho do aluno ao longo das aulas.
Deve-se levar em conta que a avaliação do tipo teste pode ocorrer em ocasião
imprópria para o aluno. Ex. no momento de dificuldade e problemas familiares.
São infinitos os motivos que fazem o aluno ter um desempenho indesejado, por
esse motivo creio que esse tipo de avaliação, como já acontece não deve ser a
única forma de avaliar o aluno. Deve-se também levar em conta toda a trajetória
do educando na escola.
Anísio Teixeira:
Filosofia e educação: a filosofia que
lutar corajosamente para viver não é a mesma de outro que dispõem de rica e
tranqüila abundancia educação e filosofia estão em constante concomitância.
Desse modo, diz Dewey: “filosofia pode ser definida como a teoria geral da
educação”.
Com a junção dos termos filosofia e
educação surge a filosofia da educação, que é o estudo dos problemas que se
refere a formação de melhores hábitos mentais e morais em relação as
dificuldades da vida social contemporânea.
O autor defende a idéia de que a escola
tem que dar ouvidos a todos e a todos servir, sem distinção entre pobres e
ricos negros e brancos e etc. ele falava que o educador tem que ser filosofo,
ter domínio dos mais embaraçados problemas modernos, ter que ser estudioso da
civilização, da sociedade, do homem e das ciências humanas e naturais.
Roque Spencer Maciel de Barros:
Roque Spencer mostra a tomada de
consciência do povo, a partir daí o povo começa a cobrar seus direitos, lutam
pelo direito a uma vida digna, o que um privilegio para poucos, começam a
manifesta sua vontade e reclamam cada vez mais forte pela efetivação dos seus
direitos.
Segundo Spencer, o Brasil era dividido
em dois “Brasis”: o Brasil arcaico e o Brasil novo. No Brasil arcaico, a
educação é um instrumento conservador das posições adquiridas; a relação entre
os homens serão subordinação e dependência, de obediência passiva de uns em
relação a outros. Já no novo Brasil, a escola não é mais vista como um sinônimo
de luxo do qual estaria excluída a maioria das pessoas; não exclui nem condena
as instituições privadas de ensino, pois todo esforço em educação, deste de que
seja serio e honesto deve ser recebido de braços abertos pelo novo Brasil.
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO BRASILEIRO PROGRESSISTA
Nessa correte pedagógica destacam-se os
autores: Paschoal Lemme, Álvaro vieira pinto, Paulo freire, Rubem Alves,
Mauricio tragtemberg e Demerval Saviani.
Paschoal Lemme:
Paschoal Lemme juntamente com outros
educadores e intelectuais lançaram o manifesto dos pioneiros da educação nova.
Paschoal afirmar que mesmo entre analfabetos a pessoas muito, mas esclarecidas
e aptas a seres esclarecidas politicamente do entre portadores de títulos
universitários. É que entre os portadores de títulos universitários pode
pertencer a setores parasitários da sociedade, improdutivos e alienados que não
tem o mínimo de esforço para sobrevive, “filhinho de papai”, que conseguem tudo
o que querem com o mínimo de esforço.
O autor citar que: “educar politicamente
é revelar ao individuo a verdade sobre o contexto social em que vive e sua
posição nele, para que essa verdade exerça todo o poder mobilizador que somente
a verdade possuir”. É por isso que quem detém o poder faz o maior esforço e
emprega todo o seu poderio para manter sob o seu domínio a formação das novas
gerações e os meios de divulgação, através dos quais reproduzem a verdade que
lhes é favorável.
Álvaro Vieira Pinto:
Fala que a educação é um fato histórico
em duplo sentido. Primeiro, no sentido de que representa a própria vida
individual de cada ser humano; segundo, no sentido que esta vincula a fase de
vida pela comunidade em continua evolução. Portanto, a nossa historia e de
nossa comunidade esta sendo construída a cada momento, a cada desafio.
Nas sociedades altamente desenvolvidas
não se preocupam em comover uma educação igualitária, pois a classe dominante
busca justamente manter as desigualdades sociais existentes. Para que haja
dominador e necessário também que haja dominados. Em tais sociedades, a
educação pelo saber letrado é sempre privilegio de um grupo ou classe.
A educação é por natureza contraditória,
pois implica simultaneamente a conservação e a criação. Somente dessa forma, a
educação triunfará,pois do contrario, seria a repetição eterna do saber
considerado definitivo e a anulação de toda possibilidade de criação do novo e
do progresso da cultura.
Paulo freire:
Paulo freire é considerado um dos maiores
educadores do século XX, sua principal obra é a pedagogia do oprimido que foi
traduzida até hoje em 18 línguas. Paulo freire desenvolveu a educação
libertadora que ensinava através da realidade do educando, aplicou sua
pedagogia não somente no Brasil, mas também em alguns países da America latina.
O autor fala que: “o fundamental na
alfabetização de adultos é que o afalbetizando descubra que o importante mesmo
não é ler historia alienadas e alienantes, mas fazer historia e por ela ser
feito”. Ou seja, nós temos que nos livrarmos dessa historias alienantes e
construir a nossa própria historia e desenvolvermos a compreensão critica da
nossa própria historia e da sociedade.
Para Paulo freire, não basta ler
mecanicamente que “Eva viu a uva”, é necessário compreender qual posição que
Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalhar para produzir as uvas e quem
lucra com esse trabalho. Nós devemos nos posicionar como seres críticos para
buscarmos a compreensão critica do texto e da sociedade.
Rubem Alves:
A criança deve ter acesso prazeroso das
coisas da vida e deve vive na busca constante do amor nas suas atividades
cotidianas. Ex. deve ter prazer em recitar poemas, contempla a natureza, ouvir
musicas e etc., mas o que acontece não é bem isso, pois o que acontece é o
“terror dos vestibulares” a criança desde cedo recebe a pressão dos pais e da
sociedade no sentido de que atribuir responsabilidades desnecessárias que
somente prejudica o desenvolvimento natural da criança impossibilitando-a
inclusive de viver como criança.
Rubem gostaria que as escolas ensinassem
o horror da violência e das de qualquer tipo. Mostrasse o horror das espadas e
lanças e a beleza da natureza que infelizmente esta sendo destruída pelo
sistema capitalista para obtenção de lucro.
Mauricio Tragtemberg:
O
autor compara a criança a um presidiário, pois, a escola mantém o aluno sob um
olhar permanente, registrando, contabilizando todas as observações e anotações
sobre os alunos, através dos boletins individuais de avaliação ou uniformes/modelos.
O autor fala também sobre a distribuição
das carteiras na sala de aula em fileiras uma atrás das outras e sobre o
estrado onde o professor sobe para dar aula, isso é uma relação de dominação do
professor em relação aos alunos, tradicionalismo em que o professor é o dono do
conhecimento e aluno ficando na condição de submissão do conhecimento do
professor.
Demerval Saviani:
Elaboro tese sobre educação e política, onde na
primeira tese ele fala que: “não existe identidade entre educação e política”
educação e política são fenômenos inseparáveis, mas distintos entre si. No
entanto, toda pratica educativa tem uma dimensão política e toda pratica
política tem uma dimensão pedagógica.
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