sexta-feira, 18 de maio de 2012


RESENHA CRITICA DE O TEXTO ENSINAR A IDENTIDADE TERRENA

Numa sociedade complexa percebe-se a necessidade de analises sobre as condições humanas e a compreensão histórica visando à formação de uma sociedade planetária. Uma das principais características da nova era a mundialização, que consiste no conhecimento do mundo para apreendemos a conviver nele. 
Para tanto sabem-se que tem se tornado complicado devido à necessidade de adaptação aos meios de telecomunicações como, por exemplo, a internet e que o acesso é restrito a poucos e quando abrir a possibilidade de aumento de numero de acesso questiona-se a qualidade das informações e dos conhecimentos transmitidos pelos mesmos, prejudicando assim em alguns casos o desenvolvimento natural da inteligência humana.
Sendo assim surgem problemas como a intersolidariedade, os conflitos e as crises o que traz como conseqüência o aumento da dificuldade de conhecer o mundo no qual vivemos e devemos procurar compreender as relações sociais a partir da globalização, da multidimensionalidade e da complexibilidade.
Neste sentido encontra-se outro problema, pois numa sociedade complexa onde existe uma relação de interdependência, ou seja, uns dependem de outros para a sociedade funcionar rumo ao progresso.
O planeta não é um sistema global, mas um turbilhão em movimento, desprovido de centro de organização, ou seja, não existe uma administração geral, central e sim o coletivo, ou seja, todos juntos que administram o planeta.
O planeta exige um pensamento policêntrico capaz de levar ao universalismo, não abstrato, mas consciente da unidade diversidade da condição humana; o pensamento policêntrico nutrido das culturas do mundo levando a identidade e a consciência terrenas.
                                                                  
A ERA PLANETÁRIA

A história humana começou por uma diáspora planetária que afetou todos os continentes, em seguida entrou, nos tempos modernos, na era planetária da comunicação entre os diversos fragmentos da diáspora humana.
A riqueza da humanidade reside na sua diversidade criadora, mas a fonte de sua criatividade está em sua unidade geradora. Ou seja, todas as espécies se seres humanos seja negros índios ou brancos por possuírem caracteres semelhantes compõem a humanidade e si relacionam entre si e todos podem busca desenvolver os meios para satisfaze suas perspectivas de vida. Porém sabe-se que existem problemas entre eles o evolucionismo que restringem as ações de algumas civilizações ou sociedade.
Percebe-se a existência de conflitos de geração e de nações levando a varias mortes e ao surgimento da zona planetária e dar-se o inicio da exploração de um continente sobre os outros especialmente nas Américas, destruição irremediável e conduz a escravidão terrível assim à zona planetária surge no contexto de violência, pela destruição, pela escravidão e pela exploração feroz das Américas e da áfrica. Surgem doenças contaminadoras ou transmissíveis que afetam principalmente as classes menos favorecidas, de outro lado existem os europeus com suas diversidades inclusive culturais.
A planetarização surge no contexto do progresso econômico, no desenvolvimento das comunicações, e na inclusão dos continentes subjugados no mercado mundial.
A planetarização provoca, no século XX, duas guerras mundiais, duas crises econômicas mundiais e, após 1989, a generalização da economia liberal denominada mundialização. Sendo assim surge uma relação de interdependência neste universo chamado planeta terreno. Ex. um celular comprado no Brasil pode esta com peças da Argentina, do Uruguai, do México, dos estados unidos e da Venezuela. A queda do dólar pode afetar todos os países, pois eles estão envolvidos direto ou indiretamente já que possuir uma relação de comercialização de mercadorias entre si, no computador pode existir peças do Japão, do Chile, da áfrica, da Ásia e dos estados unidos. Ou seja, estamos convivendo no circulo planetário.
O problema reflete no sentido de que enquanto de um lado estão os ricos saudáveis e confortáveis do outro estão os pobres sofredores e explorados que vivem em condição de miséria e são afetados pelo avanço do mercado devido até mesmo a valorização dos produtos e exploração da mão-de-obra dos trabalhadores, que vivem em condição precária de insatisfação e vendem sua força de trabalho por um salário que não correspondem a sua capacidade de produção que é explorada pelo empresário-capitalista.
A mundialização é sem dúvida unificadora, mas é preciso acrescentar imediatamente que é também conflituosa em sua essência. E o mundo torna-se cada vez mais uno e praticamente ao mesmo tempo dividido, ou seja, particular e generalizado. Temos como exemplos da divisão as seguintes:
A divisão entre nações, religiões, tradição e modernidade, democracia e ditadura, ricos e pobres e regiões como norte sul leste oeste oriente e ocidente. Mas que estão relacionadas entre si e a partir daí surge o termo generalização.
A zona planetária no diz respeito ao modo técnico-econômico, o desenvolvimento chegar a um ponto insustentável, inclusive o próprio desenvolvimento sustentável. É necessária uma noção mais rica e complexa do desenvolvimento, que seja não somente material, mas também intelectual afetivo e moral.

O LEGADO DO SÉCULO XX

O século XX foi o da aliança entre duas barbáries: a primeira vem das profundezas dos tempos e traz guerra, massacre, deportação e fanatismo. A segunda, gélida, anônima, vem do âmago da racionalização, que só conhecer o calculo e ignora o individuo, seu corpo, seus sentimentos, sua alma, e que multiplica o poderio da morte e da servidão técnico-industrial.
Para ultrapassa esta era de barbárie, é preciso antes de tudo reconhecer sua herança. Tal herança é dupla, a um só tempo herança de morte e herança de nascimento.

A HERANÇA DE MORTE

O século XX pareceu dar razão à fórmula atroz segundo a qual a evolução humana é o crescimento do poderio da morte.
A morte introduzida pelo século XX não é somente a de dezenas de milhões de mortos das guerras mundiais e dos campos de extermínio nazistas e soviéticos; é também a de dois novos poderes de morte.

AS ARMAS NUCLEARES

O primeiro é o da possibilidade da extinção global de toda a humanidade pelas armas nucleares. Esta ameaça não foi dissipada no limiar do terceiro milênio; ao contrario, cresce com a disseminação e a miniaturização da bomba. O potencial de auto-aniquilamento acompanhar daqui em diante a marcha da humanidade.

OS NOVOS PERIGOS

O segundo é a possibilidade de morte ecológica. Deste os anos 70, descobrimos que os dejetos, as emanações, as exalações de nosso desenvolvimento técnico-industrial urbano degradam a biosfera e conduz a humanidade ao suicídio.
Enfim, a morte ganhou em nossas almas. As forças autodestrutivas, latentes em cada um de nós, foram particularmente ativadas, sob o efeito de drogas pesadas como a heroína, por toda parte onde se multiplica e cresce a solidão e a angústia.

A MORTE DA MODERNIDADE

A civilização nascida no ocidente, desvinculada ou livre do passado, acreditava dirigir-se para o futuro progressista movido pelo avanço das ciências, da razão, da história, da economia e da democracia. Porem a razão passou por um período de regressão ou declínio, pois o desenvolvimento industrial podia causar danos à cultura e poluições mortais. Vimos à civilização do bem-estar causar ao mesmo tempo mal-estar. Se a modernidade é definida como fé incondicional no progresso, na tecnologia, na ciência, no desenvolvimento econômico, então esta modernidade está morta.

A ESPERANÇA

Se é verdade que o gênero humano, cuja dialógica cérebro-mente não está encerrada, possui em si mesmo recursos criativos inesgotáveis, pode-se então vislumbrar para o terceiro milênio a possibilidade de nova criação cujos germes e embriões foram trazidos pelo século XX: a cidadania terrestre. A educação constituir ao mesmo tempo em transmitir os conhecimentos antigos e abrir a mente a receber o novo esta é a nova missão.

A CONTIBUIÇÃO DAS CONTRACORRENTES

O ocaso do século XX deixou como herança contracorrentes regeneradoras. Entre as quais podemos citar:
Ø  A contracorrente ecológica que, com o crescimento das degradações e o surgimento de catástrofes técnicas/industriais, só tende a aumentar;
Ø  Contracorrente qualitativa que, em reação à invasão do quantitativo e da uniformização generalizada, se apega à qualidade em todos os campos, a começar pela qualidade de vida:
Ø  A contracorrente de resistência à primazia do consumo padronizado, que se manifesta de duas maneiras opostas: uma pela busca da intensidade vivida (“consumismo”); a outra pela busca da frugalidade e da temperança;
Ø  A contracorrente, ainda tímida, de emancipação em relação à tirania onipresente do dinheiro, que se busca contrabalançar por relações humanas e solidárias, fazendo retroceder o reino do lucro; 
Todas essas correntes prometem intensificar-se e ampliar-se ao longo do século XXI e constituir focos de transformação, mas a verdadeira transformação só ocorrer com a intertransformação, ou seja, a transformação dar-se inicialmente na consciência do individuo para posteriormente ocorrer à transformação social.

NO JOGO CONTRADITÓRIO DOS POSSÍVEIS

Uma das condições fundamentais para a evolução positiva seriam as forças emancipadoras inerentes à ciência e à técnica poderem superar as forças de morte e de servidão. Os seres humanos servem-se das máquinas, que escravizam energia, mas são, ao mesmo tempo, escravizados por elas. Este é o problema crucial que se apresenta logo no inicio do século XX: ficamos submissos à tecnosfera ou saberemos viver em simbiose com ela.
Podemos igualmente confiar nas possibilidades cerebrais do ser humano ainda em grande parte inexploradas; a mente humana poderia desenvolver aptidões ainda desconhecidas pela inteligência, pela compreensão, pela criatividade. Como as possibilidades sociais estão relacionadas com as possibilidades cerebrais, ninguém pode garantir que nossas sociedades tenham esgotado suas possibilidades de aperfeiçoamento e de transformação e que tenhamos chegado ao fim da história. Tornando-se possível o progresso em todos os setores sociais.

A IDENTIDADE E A CONSCIÊNCIA TERRENA

A união planetária é a exigência racional mínima de um mundo encolhido e interdependente. Tal união pede a consciência de um sentimento de pertencimento que nos una a nossa terra considerada como primeira e ultima pátria.
Somos produtos do desenvolvimento da vida da qual a terra foi matriz e nutriz. Enfim, todos os humanos, desde o século XX, vivem os mesmos problemas fundamentais de vida e de morte e estão unidos na mesma comunidade de destino planetário. Por isso nós temos que aprender a viver no planeta e dar-se somente pelas culturas singulares. Precisamos aprender a ser, viver, dividir e comunicar como humanos no planeta terra, não mais somente pertencer a uma cultura, mas também ser terrenos. Devemo-nos dedicar não somente a dominar, mas a condicionar, melhorar, compreender. E para tanto devemos partir dos seguintes princípios:
Ø  A consciência antropológica, que reconhecer a unidade na diversidade;
Ø  A consciência ecológica, isto é a consciência de habitar, com todos os seres mortais, a mesma esfera viva (biosfera): reconhecer nossa união consubstancia do domínio do universo para nutrir a aspiração de convivibilidade sobre a terra;
Ø  A consciência cívica terrena, isto é, da responsabilidade e da solidariedade, para com os filhos da terra;
Ø  A consciência espiritual da condição humana que decorre do exercício complexo do pensamento e que nos permite, ao mesmo tempo, criticar-nos mutuamente e autocriticar-nos e preender-nos mutuamente.
Estamos comprometidos, na escala da humanidade planetária, na obra essencial da vida, que é resistir à morte. Civilizar e solidarizar a terra, transformar a espécie humana em verdadeira humanidade torna-se fundamental e global de toda educação que aspira não apenas ao progresso, mas à sobrevida da humanidade. Neste sentido a educação terá como função que ensinar a ética da compreensão planetária. O mundo é formado pelo todo que se internacionaliza em parte que se relacionam entre si dando origem à zona planetária

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