RESENHA
CRITICA DE O TEXTO ENSINAR A IDENTIDADE TERRENA
Numa
sociedade complexa percebe-se a necessidade de analises sobre as condições
humanas e a compreensão histórica visando à formação de uma sociedade
planetária. Uma das principais características da nova era a mundialização, que
consiste no conhecimento do mundo para apreendemos a conviver nele.
Para tanto
sabem-se que tem se tornado complicado devido à necessidade de adaptação aos
meios de telecomunicações como, por exemplo, a internet e que o acesso é
restrito a poucos e quando abrir a possibilidade de aumento de numero de acesso
questiona-se a qualidade das informações e dos conhecimentos transmitidos pelos
mesmos, prejudicando assim em alguns casos o desenvolvimento natural da
inteligência humana.
Sendo
assim surgem problemas como a intersolidariedade, os conflitos e as crises o
que traz como conseqüência o aumento da dificuldade de conhecer o mundo no qual
vivemos e devemos procurar compreender as relações sociais a partir da
globalização, da multidimensionalidade e da complexibilidade.
Neste
sentido encontra-se outro problema, pois numa sociedade complexa onde existe
uma relação de interdependência, ou seja, uns dependem de outros para a
sociedade funcionar rumo ao progresso.
O
planeta não é um sistema global, mas um turbilhão em movimento, desprovido de
centro de organização, ou seja, não existe uma administração geral, central e
sim o coletivo, ou seja, todos juntos que administram o planeta.
O
planeta exige um pensamento policêntrico capaz de levar ao universalismo, não
abstrato, mas consciente da unidade diversidade da condição humana; o
pensamento policêntrico nutrido das culturas do mundo levando a identidade e a
consciência terrenas.
A ERA PLANETÁRIA
A história
humana começou por uma diáspora planetária que afetou todos os continentes, em
seguida entrou, nos tempos modernos, na era planetária da comunicação entre os
diversos fragmentos da diáspora humana.
A
riqueza da humanidade reside na sua diversidade criadora, mas a fonte de sua
criatividade está em sua unidade geradora. Ou seja, todas as espécies se seres
humanos seja negros índios ou brancos por possuírem caracteres semelhantes compõem
a humanidade e si relacionam entre si e todos podem busca desenvolver os meios
para satisfaze suas perspectivas de vida. Porém sabe-se que existem problemas
entre eles o evolucionismo que restringem as ações de algumas civilizações ou
sociedade.
Percebe-se
a existência de conflitos de geração e de nações levando a varias mortes e ao
surgimento da zona planetária e dar-se o inicio da exploração de um continente
sobre os outros especialmente nas Américas, destruição irremediável e conduz a
escravidão terrível assim à zona planetária surge no contexto de violência,
pela destruição, pela escravidão e pela exploração feroz das Américas e da
áfrica. Surgem doenças contaminadoras ou transmissíveis que afetam
principalmente as classes menos favorecidas, de outro lado existem os europeus
com suas diversidades inclusive culturais.
A planetarização
surge no contexto do progresso econômico, no desenvolvimento das comunicações,
e na inclusão dos continentes subjugados no mercado mundial.
A
planetarização provoca, no século XX, duas guerras mundiais, duas crises
econômicas mundiais e, após 1989, a generalização da economia liberal
denominada mundialização. Sendo assim surge uma relação de interdependência
neste universo chamado planeta terreno. Ex. um celular comprado no Brasil pode
esta com peças da Argentina, do Uruguai, do México, dos estados unidos e da
Venezuela. A queda do dólar pode afetar todos os países, pois eles estão
envolvidos direto ou indiretamente já que possuir uma relação de
comercialização de mercadorias entre si, no computador pode existir peças do
Japão, do Chile, da áfrica, da Ásia e dos estados unidos. Ou seja, estamos
convivendo no circulo planetário.
O
problema reflete no sentido de que enquanto de um lado estão os ricos saudáveis
e confortáveis do outro estão os pobres sofredores e explorados que vivem em
condição de miséria e são afetados pelo avanço do mercado devido até mesmo a
valorização dos produtos e exploração da mão-de-obra dos trabalhadores, que
vivem em condição precária de insatisfação e vendem sua força de trabalho por
um salário que não correspondem a sua capacidade de produção que é explorada
pelo empresário-capitalista.
A
mundialização é sem dúvida unificadora, mas é preciso acrescentar imediatamente
que é também conflituosa em sua essência. E o mundo torna-se cada vez mais uno
e praticamente ao mesmo tempo dividido, ou seja, particular e generalizado. Temos
como exemplos da divisão as seguintes:
A
divisão entre nações, religiões, tradição e modernidade, democracia e ditadura,
ricos e pobres e regiões como norte sul leste oeste oriente e ocidente. Mas que
estão relacionadas entre si e a partir daí surge o termo generalização.
A zona
planetária no diz respeito ao modo técnico-econômico, o desenvolvimento chegar
a um ponto insustentável, inclusive o próprio desenvolvimento sustentável. É
necessária uma noção mais rica e complexa do desenvolvimento, que seja não
somente material, mas também intelectual afetivo e moral.
O LEGADO DO SÉCULO
XX
O
século XX foi o da aliança entre duas barbáries: a primeira vem das profundezas
dos tempos e traz guerra, massacre, deportação e fanatismo. A segunda, gélida,
anônima, vem do âmago da racionalização, que só conhecer o calculo e ignora o
individuo, seu corpo, seus sentimentos, sua alma, e que multiplica o poderio da
morte e da servidão técnico-industrial.
Para
ultrapassa esta era de barbárie, é preciso antes de tudo reconhecer sua
herança. Tal herança é dupla, a um só tempo herança de morte e herança de
nascimento.
A HERANÇA DE MORTE
O
século XX pareceu dar razão à fórmula atroz segundo a qual a evolução humana é
o crescimento do poderio da morte.
A morte
introduzida pelo século XX não é somente a de dezenas de milhões de mortos das
guerras mundiais e dos campos de extermínio nazistas e soviéticos; é também a
de dois novos poderes de morte.
AS ARMAS NUCLEARES
O
primeiro é o da possibilidade da extinção global de toda a humanidade pelas
armas nucleares. Esta ameaça não foi dissipada no limiar do terceiro milênio;
ao contrario, cresce com a disseminação e a miniaturização da bomba. O
potencial de auto-aniquilamento acompanhar daqui em diante a marcha da
humanidade.
OS NOVOS PERIGOS
O
segundo é a possibilidade de morte ecológica. Deste os anos 70, descobrimos que
os dejetos, as emanações, as exalações de nosso desenvolvimento
técnico-industrial urbano degradam a biosfera e conduz a humanidade ao
suicídio.
Enfim,
a morte ganhou em nossas almas. As forças autodestrutivas, latentes em cada um
de nós, foram particularmente ativadas, sob o efeito de drogas pesadas como a
heroína, por toda parte onde se multiplica e cresce a solidão e a angústia.
A MORTE DA
MODERNIDADE
A
civilização nascida no ocidente, desvinculada ou livre do passado, acreditava
dirigir-se para o futuro progressista movido pelo avanço das ciências, da
razão, da história, da economia e da democracia. Porem a razão passou por um
período de regressão ou declínio, pois o desenvolvimento industrial podia
causar danos à cultura e poluições mortais. Vimos à civilização do bem-estar
causar ao mesmo tempo mal-estar. Se a modernidade é definida como fé
incondicional no progresso, na tecnologia, na ciência, no desenvolvimento
econômico, então esta modernidade está morta.
A ESPERANÇA
Se é
verdade que o gênero humano, cuja dialógica cérebro-mente não está encerrada,
possui em si mesmo recursos criativos inesgotáveis, pode-se então vislumbrar
para o terceiro milênio a possibilidade de nova criação cujos germes e embriões
foram trazidos pelo século XX: a cidadania terrestre. A educação constituir ao
mesmo tempo em transmitir os conhecimentos antigos e abrir a mente a receber o
novo esta é a nova missão.
A CONTIBUIÇÃO DAS
CONTRACORRENTES
O ocaso
do século XX deixou como herança contracorrentes regeneradoras. Entre as quais
podemos citar:
Ø A contracorrente
ecológica que, com o crescimento das degradações e o surgimento de catástrofes
técnicas/industriais, só tende a aumentar;
Ø Contracorrente
qualitativa que, em reação à invasão do quantitativo e da uniformização
generalizada, se apega à qualidade em todos os campos, a começar pela qualidade
de vida:
Ø A contracorrente de
resistência à primazia do consumo padronizado, que se manifesta de duas
maneiras opostas: uma pela busca da intensidade vivida (“consumismo”); a outra
pela busca da frugalidade e da temperança;
Ø A contracorrente,
ainda tímida, de emancipação em relação à tirania onipresente do dinheiro, que
se busca contrabalançar por relações humanas e solidárias, fazendo retroceder o
reino do lucro;
Todas
essas correntes prometem intensificar-se e ampliar-se ao longo do século XXI e
constituir focos de transformação, mas a verdadeira transformação só ocorrer
com a intertransformação, ou seja, a transformação dar-se inicialmente na consciência
do individuo para posteriormente ocorrer à transformação social.
NO JOGO
CONTRADITÓRIO DOS POSSÍVEIS
Uma das
condições fundamentais para a evolução positiva seriam as forças emancipadoras
inerentes à ciência e à técnica poderem superar as forças de morte e de
servidão. Os seres humanos servem-se das máquinas, que escravizam energia, mas
são, ao mesmo tempo, escravizados por elas. Este é o problema crucial que se
apresenta logo no inicio do século XX: ficamos submissos à tecnosfera ou
saberemos viver em simbiose com ela.
Podemos
igualmente confiar nas possibilidades cerebrais do ser humano ainda em grande
parte inexploradas; a mente humana poderia desenvolver aptidões ainda
desconhecidas pela inteligência, pela compreensão, pela criatividade. Como as
possibilidades sociais estão relacionadas com as possibilidades cerebrais,
ninguém pode garantir que nossas sociedades tenham esgotado suas possibilidades
de aperfeiçoamento e de transformação e que tenhamos chegado ao fim da
história. Tornando-se possível o progresso em todos os setores sociais.
A IDENTIDADE E A
CONSCIÊNCIA TERRENA
A união
planetária é a exigência racional mínima de um mundo encolhido e
interdependente. Tal união pede a consciência de um sentimento de pertencimento
que nos una a nossa terra considerada como primeira e ultima pátria.
Somos
produtos do desenvolvimento da vida da qual a terra foi matriz e nutriz. Enfim,
todos os humanos, desde o século XX, vivem os mesmos problemas fundamentais de
vida e de morte e estão unidos na mesma comunidade de destino planetário. Por
isso nós temos que aprender a viver no planeta e dar-se somente pelas culturas
singulares. Precisamos aprender a ser, viver, dividir e comunicar como humanos
no planeta terra, não mais somente pertencer a uma cultura, mas também ser
terrenos. Devemo-nos dedicar não somente a dominar, mas a condicionar,
melhorar, compreender. E para tanto devemos partir dos seguintes princípios:
Ø A consciência
antropológica, que reconhecer a unidade na diversidade;
Ø A consciência
ecológica, isto é a consciência de habitar, com todos os seres mortais, a mesma
esfera viva (biosfera): reconhecer nossa união consubstancia do domínio do
universo para nutrir a aspiração de convivibilidade sobre a terra;
Ø A consciência
cívica terrena, isto é, da responsabilidade e da solidariedade, para com os
filhos da terra;
Ø A consciência
espiritual da condição humana que decorre do exercício complexo do pensamento e
que nos permite, ao mesmo tempo, criticar-nos mutuamente e autocriticar-nos e
preender-nos mutuamente.
Estamos
comprometidos, na escala da humanidade planetária, na obra essencial da vida,
que é resistir à morte. Civilizar e solidarizar a terra, transformar a espécie
humana em verdadeira humanidade torna-se fundamental e global de toda educação
que aspira não apenas ao progresso, mas à sobrevida da humanidade. Neste
sentido a educação terá como função que ensinar a ética da compreensão
planetária. O mundo é formado pelo todo que se internacionaliza em parte que se
relacionam entre si dando origem à zona planetária
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